quarta-feira, 29 de outubro de 2008

ALMA

Tenho um arranhão na alma. O escudo, qual elástico, de tanto se expandir e retrair, está a perder elasticidade. Estão quase a invadi-la: -"as máquinas, frias, sádicas e por isso mais poderosas".
Não se identificarão com o que lá encontrarem, não lhes agradará, mas será que RECUAM ou permanecem algum tempo tentando desorganizar, destruir? Também há paixão na destruição e por conseguinte prazer. Não! na alma não! Tenho que reforçar o escudo, tenho que, se preciso fôr, fugir para proteger a minha alma. Não não a vendo, não não a ofereço. É tudo o que me resta e é o tudo que mais me importa. É minha obra, é meu empenho e é minha ferramenta de vida que se quer VIDA.
Que sois vós, Máquinas viscosas, violadoras, intrometidas, destrutivas? conseguis um prazer efémero que logo vos leva a procurar nova destruição: sois insatisfeitos, tendes uma sede de poder sobre os outros. Que construis vós para vós próprios? de que se compoem vós? Não existe no meu mundo A NATUREZA, nenhum ser que se assemelhe a vós. Vós que nem escolheis os vossos adversários à vossa altura. E já vos disse: é fácil reagir de cima para baixo. Desafio-vos a fazê-lo de baixo para cima...ah! não fazem. pois covardes sois.

domingo, 5 de outubro de 2008

Os meus amigos

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

companheiros amigos

Apresento os elementos da família::
a Xaninha (preta), nesta foto ainda era pequena, agora já é mamã; a Minha Flor (amarela tigrada) que comunica com uns sons diferentes dos outros gatos, a Morceguinga (branca), o Misha (preto), o Gaspar (cão). Existe ainda o Pavarotti (galo) e os gatinhos bébes que não têm nome porque vão ser adoptados. Dão-se todos muito bem uns com os outros. Claro que o Pavarotti não brinca com os gatos mas estão muitas vezes lado a lado no quintal. Reina a harmonia entre três raças tão diferentes, até partilham a comida. São todos meiguinhos e adoram atenções. De cada vez que dou gatinhos, fico com muitas saudades embora saiba que vão bem entregues.
A dedicação de cada um deles é muito reconfortante. Como é que há quem faça mal aos animais?



Não queiras ser como aquele catavento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra.
-Oxalá sejas sempre como um velho silhar oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja;
por ti não desabará a casa.
(Josemaria Escrivá)

gaspar

gaspar
amigo protector

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